Nossos primeiros dias na Bolívia foram na travessia do salar de Uyuni, desfrutando de belíssimas paisagens. Assim, as refeições eram feitas no caminho, no meio do deserto durante o dia e no alojamento ou hotel de noite. Por isto foram simples e sem ser em um local específico que dê para ir quando der vontade.
O pouco que fizemos de refeições na Bolívia não deu para marcar, mas tiveram locais em que o ambiente era agradável, apesar de a comida não se sobressair.
A comida, assim como o resto do país, é de um modo geral barata e os pratos são fartos.
Nossa primeira parada pós salar foi em Potosi, cidade histórica que teve seu auge ligado à exploração da prata. Hoje é uma cidade mal cuidada que guarda um charme antigo, mas que poderia se destacar mais se não fosse tão descuidada. Chegamos já de noite e no hotel perguntamos onde comer. Nos indicaram na mesma rua, dois quarteirões abaixo, o restaurante e café 4060. Por fora parece mais uma casa simples, mas entrando vê-se um ambiente bem cuidado, moderno. O cardápio é variado e de comidas como massas, carnes, sanduíches, frango, peixes e saladas. Como já dito anteriormente, a comida não é algo de destaque na Bolívia, mas apesar disto os pratos são bem feitos, mantendo o padrão de um restaurante do dia a dia de São Paulo.
No dia seguinte, após andar pela cidade, comemos em um restaurante chamado El Fogón. De fora achávamos que seria uma casa pequena, mas tinha uma outra parte para baixo que era grande. Me lembrou salões de churrascarias em São Paulo. Havia a possibilidade de comer pelo sistema de buffet ou escolhendo pratos, que foi nossa opção. Os pratos eram fartos, bons, mas sem um diferencial que provocasse suspiros.
De Potosi fomos para La Paz, sem passar por Sucre, como era a ideia inicial. Depois de uma viagem cansativa, com percalços na chegada, fomos almoçar em um restaurante simples na frente do hotel, que eu não gostei.
Não fomos a muitos restaurantes em La Paz porque alguns passeios que fizemos tomaram o dia inteiro, conosco comendo um lanche, e de dois chegamos tarde na cidade e por estarmos cansadas não saímos para comer.
Um dia fomos jantar no restaurante La Casona, pertencente a um hotel butique. O ambiente é de tijolo aparente e não tem muitas mesas. Tem música ambiente suave em um volume que não atrapalha a conversa. O atendimento é atencioso e cortês. Há uma variedade de pratos, como saladas, carnes, peixes e massas. Pratos bem feitos e bem servidos. Não havia uma sobremesa típica, o que, aliás, não encontramos em nenhum restaurante que fomos. Acabamos pedindo um Tiramisu que estava gostoso, até para mim que não gosto de café. Mas se fosse um pouquinho mais suave o gosto, apreciaria mais.
No nosso último almoço na cidade, após compras e antes de iniciarmos nossa jornada rumo SP almoçamos em um dos restaurantes indicados pela guia o passeio o dia anterior. Chama
El Pueblito e fica na famossa calle de las brujas, onde há as lojinhas de artesanato, sendo que em algumas há produtos para vários males e há animais empalhados pendurados. Não gostamos do atendimento, o garçom não estava em um bom dia. Eu gostei do ambiente. Em uma das salas as paredes pareciam Tiwanaku, sítio arqueológico onde foram encontradas ruínas de paredes com figuras de rostos que seriam têm características variadas, como orientais e ocidentais, inclusive de ET. O curioso é que estas ruínas datam da época do império inca. Eu pedi um prato de llama, que é típico na Bolívia, como despedida. Eu gostei, mas a opinião não foi compartilhada pela outra pessoa que pediu também, mas com outro acompanhamento. As outras amigas pediram uma carne e um peixe.